quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Acerca dos sonhos...


Em meus inevitáveis momentos entediantes, em meus delírios artísticos vejo nuvens que nem mesmo o céu pode tocar, é possível até mesmo observar algumas almas. Embriago-me ao ver aqueles belos sorrisos caminhantes pelas ruas serenas, pois há uma consciência de participarmos de uma unidade.
Já não somos mais crianças, pena, pois que beleza existe nesta alienação que a vida nos encaminha? Consideramo-nos tão sábios e inteligentes, tão atualizados e não passamos de meros desejos diretos ou indiretos de poder. Que vergonha há neste desejar ultrapassar o outro, já que precisamos tanto dele. E que evolução é esta? Onde nos devoramos por um pedaço de terra e voltamos a lei da selva. Quantos desejam ser gerente de uma grande empresa? O que este gerente queria ser quando criança?
Abandonamos nossos sonhos porque a vida é dura? Ou será que nós a enrijecemos?  se não fomos nós, abaixaremos a cabeça e permitiremos tal absurdo? “Somos do tamanho de nossos sonhos”, o quão grande estamos?
Hora de brincarmos de ciranda, de jogar bola por prazer e mascar chiclete de bar, de despertarmos a criança existente em nós e vivermos os verdadeiros sonhos, ou pelo menos lutar por eles, pois a vida é movida por estes, pois que sentido realmente faz vivermos qualquer coisa e morrermos por qualquer coisa? Não há sentido algum se não tivermos sonhos.